"Proteja suas emoções", diz um doutor psiquiatra, autor de um best seller qualquer.
E ele me diz como:
a) não tenha altas expectativas,
b) não exija do outro o que você mesmo não pode dar,
c) seja compreensiva, se o outro te faz sofrer é porque também está sofrendo.
E eu digo: adoraria proteger minhas emoções, contudo:
a) as expectativas se formam independentes de eu querer ou não, na maioria das vezes nem sou consciente delas. Elas se formam no meu inconsciente e dificilmente tenho acesso a elas, a não ser por sonhos, atos falhos, etc.
b) é um ótimo conselho não exigir o que não se pode dar, mas também é impraticável. Desde bebês somos dependentes dos outros. Nosso mais primitivo ser exige, deseja e é um imperador quase incontrolável. Mesmo que aos nossos civilizados olhos conscientes, as nossas vontades estejam sob o controle, a camada de fora não corresponde as realidades internas. Nas nossas profundezas, os bebês que fomos, exigentes e luxuriosos, reclamam e berram se não têm seus desejos satisfeitos. E isso indepede da vontade a alheia ou da nossa capacidade de sermos generosos. Ser generoso, doar-se em benefício do próximo, é aprendido socialmente. Já querer tudo para si e satisfazer somente as próprias egoístas vontades, é nosso natural, altamente instintivo. Ir contra nossos instintos causa problema sérios de saúde, acho até que doenças sociais começam assim.
c) compreensão é lindo. Entender que o sofrimento do outro é que o faz se descontrolar e, por isso, só por isso, que ele nos magoa, é lindo. A gente até entende, mas quem tem sangue frio o suficiente para compreender isso na hora da briga?
Lindos livros de autoajuda. Impraticavéis bons conselhos.
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