terça-feira, 22 de setembro de 2009

A chuva

Ser como a chuva mansa
E silenciosa noite a dentro
Gotejar no teu sonho de poeta
E não temer a escuridão
E desfazer as nuvens
Escorrendo-as rio afora

Ser como a chuva forte
E te surpreender dia alto
Sem nenhuma proteção
E te molhar inteiramente
E envolver com minha umidade
Teu corpo e teu pensamento

Ser como a chuva miúda
Não temer o sol que brilha
E te revela e me revela
E te criar em cores meu arco
E me desmanchar em ti
Sem sombra de pejo ou medo

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