segunda-feira, 19 de abril de 2010

Por muitos anos

Por muitos anos
os sonhos atrapalham o sono
o dragão surge flamejante
para desaparecer sob a chuva

O vento empilha as folhas num canto
as flores insistem em nascer no outono
dos meus dias tristes e vazios
varro sete vezes as folhas
e sete vezes elas insistem em cair de novo
e de novo o fogo as transforma em cinzas
do que um dia foram

As cinzas do amor que cai
nos meus olhos antes úmidos
agora ressecam de decadência
e descrença num mundo confuso
e cheio de inverdades
caminhos que levam ao nada

E os tigres retornam tristes às florestas recém desfloradas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário