quarta-feira, 16 de junho de 2010

Feche a porta do quarto

Feche a porta do quarto
nós sós com nossos olhos
as roupas escorrem lentas
dos nossos corpos fragéis
na sua humanidade triste

Transforme o leito num barco
que sós nós damos nós
tão próximos que dentro
sol intenso lua fria somos deuses
num mundo rumoroso

Assista o gozo das estrelas no infinito
Nossos olhos graves gravam a passagem
da intimidade santa que explora
os sujos territórios virgens
de um tempo que vai ao longe

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