O desespero é amarelo
E escorre em cachos pelos ramos
Um corpo suspenso
No ar quente
Me observa a calçada angustiada
Suspirando de desalento, de desencanto
"Ah, quanta ilusão há no mundo!"
A tarde arde de calor e cor
Há no ar um resto de dourado
A vontade do grito, imóvel
Asco de mim
Anseio pelo vômito
Regurgito flores amarelas
Nos caminhos que ele passa
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