pedaço de solidão cercado de mar
que nada possui de seu para dar
apenas água e sal das ondas
que batem e rebatem na praia
a ilha cansada de tanto ar
se deixa engolfar
por um céu tão azul quanto o mar
a fenda abre devagar
ranhadura na carne da terra
a ilha entrega
ao azul do céu e do mar
a dádiva última
que nasce
no silêncio
da flor
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